Em uma novela sem fim, Estado humilha Políciais Penais do Piauí

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A sociedade precisa saber que no próximo mês de dezembro uma turma de 50 Policiais completarão três anos de serviço público, executando as atribuições do cargo em uma profissão que é reconhecida pela Organização Internacional do Trabalho(OIT) como a segunda profissão mais perigosa do mundo, sem terem recebido do Estado uma arma cautelada para a sua defesa pessoal, defesa de seus familiares e principalmente a defesa da própria sociedade em um verdadeiro banquete indigesto que em nada há para se comemorar.

A situação é vexatória e tem como consequência para esses policiais o abalo psíquico e risco iminente de perderem a vida ou no mínimo ficarem sequelados depois de um atentado criminoso perpetrado por meliantes

A sociedade também precisa saber que são os policiais penais que convivem no ambiente prisional com os indivíduos segregados por ordem do Poder Judiciário, pelo fato de, em regra, terem cometidos as piores atrocidades (como estupros, assassinatos, latrocínios, assaltos e etc) contra o seu semelhante, enquanto estavam no convívio social

E pasmem, não é somente esse número de policiais citado acima, todos os nomeados entre dezembro de 2018 até a última nomeação ocorrida em março do corrente ano, nenhum recebeu o principal instrumento de trabalho, ou seja, uma arma de fogo.

Para alguns, o Estado forneceu apenas uma farda, um distintivo de “Agente penitenciário” desbotado, um tapinha nas costas, aperto de mão, um sorriso amarelo e uma portaria de lotação em um estabelecimento que em muitos aspectos se assemelha aos piores calabouços das masmorras medievais

Mas o absurdo não para por aí, há na Polícia Penal, “antigões” com mais de 30 anos de serviço que nunca tiveram o prazer (mesmo sendo um direito garantido por Lei aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo Governador do Estado) de portar uma arma fornecida pelo Estado.

Em um momento em que as facções criminosas se solidificaram em solo piauiense, seja na capital ou nas menores cidades, os presídios superlotados, sobrecarga de trabalho decorrente do baixo efetivo (mesmo com um concurso público que se arrasta há 5 anos e sem previsão de um fim) a ação do atestado é visivelmente criminosa para com centenas de pais e mães de família, que em um doce momento de ilusão, acreditaram que teriam o merecido respeito e reconhecimento por parte dos governantes que juraram cumprir as Leis e a Constituição Federal, no entanto, o oposto ocorre e colocam o bem mais sagrado do ser humano que é a vida nas mãos da criminalidade.

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